Novidade do ano! OAB-SP diz ser contra a greve do Judiciário. Mas (que maravilha!) é a favor das reivindicações
por Sylvio Micelli / Assetj
Obviamente, que ninguém esperava qualquer outra reação da OAB-SP, que
não fosse essa. Falando no bom juridiquês, trata-se de um bis in
idem da OAB paulista e de seu presidente, Luiz Flávio Borges
D´Urso, à frente de um terceiro mandato.
Numa nota divulgada no dia de início da greve, o presidente da Ordem
dos Advogados do Brasil – Seccional São Paulo voltou a "demonstrar" sua
preocupação com a greve dos servidores do Judiciário.
A nota oficial (leia abaixo) prima pelo paradoxo. Ou seria o velho e
bom em cima do muro?
A OAB, por meio de seu presidente, acredita que as reivindicações são
justas, mas é contra a movimento grevista. E ameaça tomar medidas
judiciais contra as reivindicações que considera justas…
É sempre mais fácil tomar medidas contra o lado mais fraco da balança. E
entenda-se fraco, aqui, como a classe trabalhadora. Porque o movimento
de greve nasceu forte e cresceu rápido em menos de uma semana. Basta
uma vista rápida em todos os jornais da Capital, Litoral, Interior,
sites e blogues.
D´Urso "esqueceu-se" que, no ano passado, ele montou uma reunião com
entidades representativas de Servidores do Judiciário e representantes
do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (às vésperas das eleições
na OAB, quando concorreu à reeleição) com o intuito de servir como
"mediador". Passada a sua reeleição, nada foi feito e tudo o mais caiu
no esquecimento.
D´Urso também não se lembra de que, em 2004, durante a Greve Geral que
durou 91 dias, a OAB-SP protagozinou um dos episódios mais pífios
daquele movimento ao espalhar faixas por São Paulo com a inscrição "A
Greve é Grave!" Em nada colaborou e ainda jogou mais lenha na fogueira.
Sim, D`Urso! A greve é grave. E tenha plena certeza de que ninguém
gosta de fazê-la. A falta de respeito com os direitos dos Servidores do
Judiciário também é gravíssimo, ainda mais quando tratamos com a "Casa
da Justiça". Se os seus advogados são prejudicados com a greve, saiba
que no dia-a-dia, eles só não são mais prejudicados porque o servidor
se desdobra em vários para melhor atendê-los! Quantos estagiários e até
advogados recém-formados, nós já ensinamos o trâmite processual e por
diversas respondemos à pergunta "o que eu faço agora?"
Caso o nobre advogado, presidente da maior seccional da OAB nacional
queira resolver, ajudar, colaborar são dois os caminhos que V.Exa.
deve, s.m.j. seguir. Primeiro, data maxima venia, deve sair do
muro. Não dá para ser a favor das reivincações e, ao mesmo tempo, ser
crítico da greve e, pior, ameaçar os Servidores e suas entidades com
medidas judiciais. São posturas que não se coadunam. Segundo: deve usar
a sua associação, que cobra anuidades de valores elevados reclamadas
por muitos advogados, a favor de sua própria categoria, não medindo
esforços para criticar a falta de postura dos magistrados e o descaso
do Legislativo e Executivo no trato com o Judiciário.
Por fim, um último lembrete. A OAB-SP e o MP impetraram ação contra as
entidades de Servidores por conta da greve em 2004. Cobravam milhares
de reais por conta do "prejuízo" que os servidores "causaram". Diante
da iminência de derrota, OAB-SP e MP recuaram e desistiram da ação.
OAB-SP DIVULGA NOTA E DEMONSTRA PREOCUPAÇÃO COM PARALISAÇÃO DO
JUDICIÁRIO ESTADUAL
A OAB-SP divulgou nesta quarta-feira (28/4) Nota Oficial, defendendo um
diálogo entre o Tribunal de Justiça de São Paulo e as entidades de
serventuários para evitar a paralisação do Judiciário, mesmo que
parcialmente. Para a Ordem, a greve traz danos à cidadania e à
Advocacia. A "OAB SP, apóia as reivindicações dos serventuários da
justiça paulista, enquanto no palco das negociações, mas condena a
greve, contra a qual poderá até tomar medidas judiciais", afirma a Nota.
Os servidores do Poder Judiciário de São Paulo realizaram nesta
quarta-feira assembléia em frente ao Fórum João Mendes e defenderam a
paralisação por tempo indeterminado por reposição salarial de 20,15% e
melhores condições de trabalho. Eles rejeitaram proposta de aumento de
4,17% e pedem aprovação de Plano de Cargos e Carreiras, que poderá ser
votado na Assembléia Legislativa na próxima semana.
NOTA OFICIAL
Diante da lamentável decisão dos servidores do Judiciário de São Paulo
de iniciar, a partir dessa quarta-feira (28/4) uma paralisação por
tempo indeterminado, a OAB SP mais uma vez apela para que as entidades
representativas dos funcionários, o Tribunal de Justiça de São Paulo,
os parlamentares e o governo do Estado unam forças na busca de
alternativas que evitem essa greve, mesmo que parcial, da Justiça
paulista.
Estamos diante de um grave quadro, pois os servidores da Justiça, fazem
justas reivindicações por reposição salarial e melhores condições de
trabalho, bem como lutam para aprovação do projeto de lei complementar
43/2005, que institui um plano de cargos e carreiras, pleitos que a OAB
SP encampa e apóia, até o momento em que surge a greve, posto que a
Ordem dos Advogados paulista é contra essa paralisação.
É fato também que o Judiciário paulista enfrenta suas dificuldades,
pois como Poder que é, não tem a devida autonomia financeira, como
estabelece a Emenda Constitucional 45, a qual lhe reserva as custas
processuais e dessa forma precisa, a cada orçamento, negociar sua
fatia de recursos com o Executivo e, por vezes, não tem como honrar
seus compromissos orçamentários.
Assim sendo, a Advocacia pede ao Tribunal de Justiça que mantenha o
diálogo aberto para se buscar uma solução que encaminhe as negociações e
atenda, na medida do possível, o pleito dos servidores do Judiciário
paulista.
Episódios anteriores atestam que a paralisação do Judiciário nunca se
mostrou uma alternativa viável, pois gera danos de difícil reparação,
com o adiamento da apreciação judicial das demandas dos cidadãos, com a
suspensão dos prazos, audiências e julgamentos e em prejuízo de
inúmeras medidas judiciais, muitas delas urgentes.
É por tudo isso que a OAB SP apóia as reivindicações dos serventuários
da justiça paulista, enquanto no palco das negociações, mas condena a
greve, contra a qual poderá até tomar medidas judiciais, se necessário,
para assegurar o indispensável trabalho da advocacia paulista em favor
da prestação jurisdicional ao cidadão, porquanto constitui-se um
quadro crítico que estende-se além da esfera individual dos advogados e
do jurisdicionado, comprometendo o funcionamento do Estado de Direito.
São Paulo, 28 de abril de 2010
Luiz Flávio Borges D´Urso
Presidente da OAB SP
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Votação do Plano de Cargos e Carreira: e agora como fica?
por
Sylvio Micelli / Assetj
Diferentemente daquilo que foi
afirmado no dia de início da greve, ou seja, de que o Plano de Cargos e
Carreiras seria colocado em votação na próxima terça, dia 04 de maio
(veja documento anexo), o presidente da Assembleia Legislativa do Estado
de São Paulo, deputado Barros Munhoz (PSDB) afirmou na última quinta
(29), em reunião com entidades representativas de Servidores do
Judiciário que a votação está condicionada ao término do movimento
grevista.
Diante disso, as entidades vão se reunir na próxima
terça, dia 04, para discutir que medidas devem tomar diante do
retrocesso apresentado pelo presidente da Alesp.
Você, servidor,
pode e deve participar.
Envie e-mails para os deputados
estaduais (veja lista abaixo) para pressionar a votação.
A
Associação dos Servidores do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo
(Assetj) sugere o seguinte texto:
"Senhor (a) Parlamentar,
Saudações.
Na
condição de Servidor do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo
venho, por meio deste, solicitar de V.Exa. a imediata e inadiável
aprovação do Projeto de Lei Complementar nº 43/2005, que institui o
Plano de Cargos e Carreiras dos Servidores do Judiciário Paulista.
Independente
do movimento grevista, a aprovação deste projeto deve ser feita
urgente, tendo em vista que o mesmo já tramita há 5 anos nessa Casa
Legislativa e não deve ser usado como moeda de troca, mesmo com a
paralisação.
Atenciosamente,
(assinatura)
Deputado
E-mail Partido
Adriano
Diogo adiogo@al.sp.gov.br PT
Afonso
Lobato padreafonso@al.sp.gov.br
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Aldo Demarchi ademarchi@al.sp.gov.br
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PT
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Baleia
Rossi baleiarossi@al.sp.gov.br
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Barros Munhoz barrosmunhoz@yahoo.com.br
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Bruno Covas brunocovas@uol.com.br
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Campos Machado cmachado@al.sp.gov.br
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Carlinhos Almeida carlinhos@carlinhos.org PT
Carlos
Giannazi cgiannazi@al.sp.gov.br
PSOL
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Celino Cardoso ccardoso@al.sp.gov.br
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PSDB
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Conte
Lopes clopes@al.sp.gov.br PTB
Davi
Zaia dzaia@al.sp.gov.br PPS
Donisete
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Ed Thomas edthomas@al.sp.gov.br PSB
Edmir
Chedid echedid@al.sp.gov.br
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Edson
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Eli Corrêa Filho ecorrea@al.sp.gov.br
DEM
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Estevam Galvão de Oliveira egalvao@al.sp.gov.br DEM
Fausto
Figueira fausto@faustofigueira.com.br
PT
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Fernando
Capez fcapez@al.sp.gov.br PSDB
Geraldo
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de Souza deputadogilson@al.sp.gov.br
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José
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